Desvendando 5 Mitos Sobre a Indústria Brasileira em 2025

mitos sobre a industria brasileira

Mitos sobre a indústria brasileira ainda alimentam visões distorcidas sobre seu papel e potencial. Mas a verdade é que ela nunca foi feita de fórmulas prontas. Ela pulsa em ritmo próprio.

Em 2025, o cenário é desafiador, mas também cheio de oportunidades, pra quem consegue enxergar além da cortina de fumaça.

Apesar de anos de estagnação, o setor ainda movimenta mais de R$ 11 trilhões por ano, segundo o IBGE. Isso representa 17% do PIB brasileiro. Não é pouca coisa. É sinal de que, mesmo com ruídos, a engrenagem segue girando.

Mas o que está pegando?

A verdade é que o setor industrial vem enfrentando um combo pesado: alta carga tributária, infraestrutura limitada e burocracia lenta. Não é novidade. Só que, agora, a pressão aumentou. Os consumidores mudaram. O mercado global também. E a concorrência não perdoa.

Por outro lado, nunca se falou tanto em inovação, transformação digital e sustentabilidade. Muitas empresas que antes mal tinham controle de estoque, agora usam dashboards com dados em tempo real. Outras adotaram automação, reduziram desperdícios e ganharam fôlego para competir, até fora do país.

O setor está mais conectado, mais consciente e, por incrível que pareça, mais colaborativo.

A digitalização deixou de ser tendência. Virou critério de sobrevivência.

Empresas que antes mal sabiam o que era “integração de sistemas” agora buscam soluções com IoT, inteligência artificial e plataformas em nuvem. E não estamos falando só de multinacionais.

O Brasil está cheio de pequenos e médios produtores que estão virando o jogo. Uns com consultoria do SENAI, outros por conta própria.

Mas todos com um ponto em comum: quem para, perde.

O cenário é desafiador, sim. Mas quem vê só o lado ruim, está olhando com o olho fechado. Quem olha com os dois abertos, vê um mercado pronto para quem quer crescer com inteligência.

Mito 1: A Indústria Brasileira Está em Declínio Irreversível

Não faltam notícias pessimistas, né? Quem nunca ouviu que “a indústria brasileira acabou” ou que “já foi melhor”?

Só que quando a gente olha os dados, o papo muda.

A indústria ainda responde por mais de 17% do PIB nacional e gera milhões de empregos diretos. Isso sem falar no impacto indireto em setores como transporte, tecnologia, agricultura e construção. Se fosse um paciente na UTI, como muitos dizem, não estaria gerando tanto movimento na economia.

Mas por que esse mito pegou tão forte?

Boa parte vem da queda de participação da indústria no PIB nas últimas décadas. Mas isso não é exclusividade do Brasil. Aconteceu em diversos países à medida que o setor de serviços cresceu. Isso não quer dizer falência, quer dizer transformação.

E sim, tem desafios: burocracia, carga tributária, logística cara.

Não dá pra tapar o sol com a peneira. Porém, há muita indústria se reinventando, usando automação, investindo em ESG, exportando tecnologia. E não estamos falando só de gigantes. Pequenas fábricas também estão no jogo.

Apesar do esforço visível de muitas empresas, os dados mostram que a inovação no setor industrial brasileiro tem enfrentado uma certa retração. Segundo a Pesquisa de Inovação (PINTEC) Semestral de 2023, realizada pelo IBGE em parceria com a ABDI e a UFRJ, apenas 64,6% das empresas industriais implementaram algum tipo de inovação, uma queda em relação aos 70,5% registrados em 2021. O recuo é preocupante, sim, mas também revela um cenário em que a inovação resiste, mesmo em tempos de orçamento apertado e incertezas econômicas.

Há uma base sólida se formando, com empreendedores que continuam apostando em mudanças, testando soluções e buscando alternativas para manter a indústria em movimento.

E é justamente aí que mora a oportunidade: fortalecer esse grupo que já está fazendo diferente, e inspirar mais empresas a seguirem pelo mesmo caminho.

Você já visitou uma feira do setor? A quantidade de soluções novas, startups expondo e conexões feitas em um só dia mostraria que tem mais coisa viva e pulsante na indústria do que parece.

Se você ainda pensa que indústria é só fábrica cinza soltando fumaça, talvez seja hora de dar um passeio por um evento técnico, conversar com um expositor ou conhecer uma planta moderna.

Porque, sinceramente, o declínio irreversível só existe na cabeça de quem parou no tempo.

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Mito 2: A Indústria 4.0 É Exclusiva para Grandes Empresas

mitos sobre a industria

Esse mito é resistente. Parece que se a empresa não tem robôs andando pelo chão da fábrica ou um engenheiro com óculos de realidade aumentada, então ela “não está no futuro”.

Mas vamos com calma.

A Indústria 4.0, com tecnologias como IoT, inteligência artificial, automação e análise de dados, não foi feita só para gigantes. Ela está cada vez mais acessível para empresas de todos os portes.

Um ressalvo disso

Então, antes de pensar em automação com braços robóticos dançando no chão de fábrica, pense em dados, controle de estoque em tempo real, gestão integrada, e capacitação da equipe. Isso também é Indústria 4.0.

Ah, e um detalhe importante: muitas dessas tecnologias estão disponíveis via programas de incentivo, como o Brasil Mais Produtivo e os programas de transformação digital oferecidos por instituições como Sebrae e BNDES.

Indústria 4.0 não é luxo. É estratégia.

Se você ainda acha que só quem tem milhões no bolso pode automatizar, talvez o que falte não seja dinheiro, seja informação confiável.

E é aqui que eventos do setor fazem toda a diferença. Em uma única feira técnica, você vê ferramentas, fala com fornecedores, testa soluções e sai com uma pasta cheia de ideias que cabem no seu orçamento.

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Mito 3: A Proteção da Indústria Nacional Garante Competitividade

Esse é daqueles mitos que, de tanto ser repetido, parece verdade. “Tem que proteger a indústria nacional!”, dizem, como se isso, por si só, fosse resolver tudo.

Mas será que funciona assim mesmo?

A ideia de proteger setores industriais com incentivos fiscais, tarifas de importação ou restrições à concorrência externa é antiga. E sim, em alguns momentos, fez sentido. Mas hoje, esse tipo de proteção mal planejada pode travar o crescimento em vez de impulsionar.

Quando uma empresa se acomoda por falta de concorrência real, ela investe menos. Inova menos. E o consumidor paga mais caro por um produto que muitas vezes nem é o melhor disponível.

O caso das montadoras no Brasil

Um exemplo claro vem do setor automotivo. Por décadas, montadoras operaram aqui com incentivos, isenções e alta barreira à importação.

Resultado?

Carros caros, com pouca inovação e menor segurança, se comparados a modelos similares vendidos na Europa ou Ásia.

O protecionismo, nesse caso, criou uma zona de conforto perigosa.

E qual o caminho?

Não é acabar com todos os incentivos. Mas mudar o foco. Em vez de proteger do mundo, preparar para o mundo.

Incentivar pesquisa, inovação, modernização de processos e exportação é o que realmente fortalece o setor. É assim que economias como Alemanha e Coreia do Sul transformaram suas indústrias, com menos muros e mais pontes.

O Brasil já tem iniciativas nessa direção, como a Estratégia Nacional de Indústria 4.0 e os fundos setoriais de inovação tecnológica. Mas o desafio está em tirar os projetos do papel e fazer a roda girar.

E olha só: quando empresas pequenas e médias têm acesso a eventos técnicos e feiras industriais, elas enxergam o que está funcionando em outros mercados.

Elas voltam com ideias na cabeça e vontade de aplicar no chão da fábrica.

Isso é abrir o jogo, não fechar.

Proteção não garante competitividade. Competitividade vem de preparo.

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Mito 4: A Indústria Brasileira Não É Sustentável

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“Indústria é sinônimo de poluição.” Se você ainda pensa assim, talvez esteja preso nos anos 90.

Claro, problemas ambientais existem, e ainda são sérios. Mas dizer que a indústria brasileira não se importa com sustentabilidade já não se sustenta.

A realidade está mudando, e rápido.

Hoje, responsabilidade ambiental é critério de mercado. Quem não se adapta, perde contratos, perde espaço e perde relevância. Inclusive, muitas empresas estão inovando justamente para cortar desperdícios, reaproveitar insumos e reduzir o consumo de energia.

Dados que mostram a mudança

De acordo com o último relatório da CNI, 80% das indústrias brasileiras implementaram alguma prática de sustentabilidade nos últimos três anos. E essas ações vão além de apagar luz no fim do expediente.

Estamos falando de:

  • Economia circular;
  • Tratamento de efluentes e reaproveitamento de água;
  • Energia limpa e eficiência energética;
  • Uso de resíduos como matéria-prima.

Sustentabilidade também é lucro

Aqui está a virada de chave: ser sustentável deixou de ser discurso. Agora é estratégia. Empresas que investem em práticas verdes estão tendo acesso a linhas de crédito com juros menores, programas de exportação e preferências em licitações públicas e privadas.

Ou seja, além de fazer o certo, também faz sentido no bolso.

E vale lembrar: feiras industriais têm sido palco de soluções sustentáveis acessíveis, de tecnologias para gestão de resíduos a plataformas para rastrear a emissão de carbono em tempo real.

A indústria brasileira ainda tem muito a melhorar, sem dúvida. Mas não dá pra ignorar que ela está se mexendo. E rápido. O que era exceção começa a virar regra.

Sustentável? Sim. Cada vez mais.

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Mito 5: A Indústria Brasileira Está Atrasada em Relação ao Mundo

Essa ideia de que o Brasil está sempre atrás no jogo da indústria é comum, mas está longe de ser uma verdade absoluta.

É fato que muitos países avançaram mais rápido em áreas como automação, conectividade e produtividade. Alemanha, Coreia do Sul, Japão e até México têm políticas industriais mais estáveis, com incentivos de longo prazo e foco claro em inovação.

Mas isso não quer dizer que o Brasil ficou parado.

Dados e contexto

De acordo com o Índice de Competitividade Global de 2023, divulgado pelo World Economic Forum, o Brasil ocupa a 57ª posição entre 141 economias, um desempenho mediano, mas com destaques em setores específicos, como:

  • Agroindústria;
  • Mineração de alta tecnologia;
  • Aviação (com cases como Embraer);
  • Energia renovável (biocombustíveis e energia solar).

Ou seja, se o país está atrás em alguns pontos, também lidera em outros.

O que nos atrasa?

A falta de infraestrutura moderna, a instabilidade tributária e o baixo investimento público em P&D são sim entraves. Eles criam um ambiente de incerteza que desestimula o risco, e sem risco, não há inovação.

Mas ainda assim, o setor privado vem puxando o progresso com as armas que tem. Empresas de base tecnológica, startups industriais e polos de inovação vêm mostrando que o Brasil não precisa esperar um milagre estatal para avançar.

Nichos de excelência nacional

Você sabia que o Brasil é líder global em produção de etanol de segunda geração? Ou que temos um dos sistemas mais avançados de rastreabilidade da cadeia produtiva de carne bovina?

Esses são exemplos de setores em que não estamos apenas no páreo, estamos à frente.

E mais: iniciativas como os parques tecnológicos do SENAI, os programas da FINEP e as parcerias com universidades estão criando ambientes férteis para inovação aplicada, aquela que sai da teoria e vai direto pro chão da fábrica.

O atraso é relativo

Se compararmos o Brasil com potências industriais globais, sim, ainda temos chão pela frente. Mas se olharmos para os nossos pontos fortes, vemos um país criativo, resiliente e com soluções que fazem sentido para o seu contexto.

A corrida industrial não tem linha de chegada. O jogo está sempre rolando. E quem consegue se adaptar com inteligência, mesmo com menos recursos, muitas vezes surpreende no placar.

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Transformando Mitos em Oportunidades: O Papel da Indústria na Nova Economia Brasileira

Depois de tudo o que vimos, fica claro: a indústria brasileira não está morta, nem restrita a poucas mãos, e muito menos presa ao passado.

Ela está mudando. E rápido.

Os mitos que cercavam o setor, de que ele é atrasado, elitista ou insustentável, já não se sustentam quando confrontados com os fatos. Existem sim desafios sérios, mas também há um movimento silencioso (e crescente) de empresas que estão fazendo diferente, inovando, digitalizando, exportando e, acima de tudo, resistindo com inteligência.

E é justamente nesse ponto que mora a oportunidade.

Se você é empresário, investidor, estudante ou profissional da indústria, este é o momento de reavaliar suas crenças, atualizar suas estratégias e se conectar com o que há de mais relevante no setor.

A nova economia brasileira exige uma indústria mais moderna, mais verde, mais eficiente, e você pode (e deve) fazer parte disso.

Agora é com você:

Quer se posicionar melhor no mercado, descobrir soluções reais e entender como aplicar tecnologia, sustentabilidade e inovação no seu negócio?

Participe das feiras e eventos organizados pela Diretriz Feiras e Eventos.

Lá você encontra não só ferramentas e tendências, mas conexões que podem virar contratos, parcerias e resultados.

Não perca a chance de sair na frente. A indústria está se reinventando. E o seu lugar é junto dela.

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